Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
sábado, 24 de dezembro de 2022
Um Milhão de Pedaços da Estrada
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
Entre a Treva e a Luz
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022
Não Obstante
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
Despeja Uma Constelação No Meu Copo
sexta-feira, 2 de dezembro de 2022
Para Lá Dos Portões Há Sonho
terça-feira, 29 de novembro de 2022
Saudades De Quem Não Fui
E dos outros que não tive a oportunidade de por fim ser,
O potencial edifício com mais andares que no peito alui,
Por não ter sido erguido para além do horizonte do ver,
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
Sou Todos Aqueles Que Permiti Me Tocar
Tal verdade contida de uma lágrima invertida,
Um carta enfim deixada ao mais doce cuidado,
De um amor incandescente, a maré tanto querida,
Não obstante do pai ou do filho, o Universal,
É sonho cá em baixo tornado, fôlego achado,
E nós de olhar embaciado definidos no real
Somos os suficiente para desculpar o obrigado,
Por altos momentos de asas soltas a volutear ,
Envoltas pela nostalgia do que está por vir,
Completadas pelo sol a cair e a se enxaguar,
Por aquilo que me há-de a mim, enfim, importar,
Com saudades daqueles que não fui, do elixir,
Por todos os simples detalhes que escolhi amar!
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
A Beleza No Imperfeito
Procurando momentos semi-perfeitos aos bocados,
Chegou a altura, chegou o momento de tudo arriscar,
Pois há vezes em que é preciso mudar nossos fados,
O destino do homem inteiro tornado quase porção,
É a verdade inaudita, o caderno ainda por escrever,
Não busca assim o mistério do ser ou a sua resolução,
Somente instante melhor que antes, instante para ser,
Então refastela-se no sangue e lágrimas concedidas
Neste caminho onde se vêem as cores mais coloridas,
Que são necessárias para pincelar os montes e colinas,
Aquelas que vai ultrapassando e criando em sua ponte,
Há beleza no imperfeito, belezas infinitamente divinas.
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
Entre o Sonho e o Real
A fragrância do cabedal de notas de suicídio,
Camas feitas e barbas desfeitas num sorriso,
A estrela da manhã e a sua queda o subsídio
De homens que foram esquecendo o que é ver,
As camisas passadas por trilhos desconhecidos,
Tipos de contos de fadas, será isto o que é viver?
Tentando apagar vestígios de sonhos coloridos,
Estranhando este respirar, esta procura incessante,
Apesar de tudo, pergunto-me "Quando aprenderei?"
Fechando os olhos e o ver num fôlego inebriante,
Aproximo-me do fim, deste uno momento final
Esperando a sua deixa deixada pois por fim sanei
No aprender a distinguir entre o sonho e o real.
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
Vertem-se Aguarelas
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
A Asa Latente
Sombras dançando noite dentro neste quarto,
Com sonhos lúcidos e por eles sendo inebriado
Neste uno fôlego nu e desnudado enquanto parto
Para outras planícies e margens, fragmentos
De mim vagueando entre os dias do outrora,
Ouvindo mil corações quebrar nos aposentos
Da solidão, da confusão, da contusão do agora,
Dedos esguios percorrendo o cabelo da noite,
E eu beijando-a entre mil vultos e semblantes
Então conhecia o o sonho e o seu terno açoite,
Perseguindo a aurora, construindo uma casa,
Um lugar para descansar os ossos como dantes,
Erguendo um bastião, latente ao coração e sua asa.
terça-feira, 11 de outubro de 2022
Aonde Estás?
O Poema Que Trago Entre Os Lábios
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Debaixo dos Lençóis
Procurando a luz da qual me vou escondendo,
Por lá vou deparando-me com mil e um anzóis,
Quase escapando do moto do "quase fui vivendo",
Esta é a viagem nunca feita, a verdade por existir,
A realidade inacabada, o real por mim esquivado
Pois se viver apenas no real acabo por me reflectir,
Do pedaço de um inteiro me tornando num bocado,
E pretendia encontrar-me onde por fim me escondo,
Num terrível meio termo que não é de todo viver,
É adiamento da alma, reunião com algo hediondo,
A vontade de não sorrir, a necessidade de não ser,
O escape por dentro de um quadrado redondo,
Para encontrar assim a chama do meu querer.
domingo, 2 de outubro de 2022
O Escape
Relutante e petulante, vou procurando o amar,
Parece que por vezes encontramos os fugitivos
Que um dia deixamos de querer encontrar,
Escasseia o que falta, um pouco mais de coração,
Então, um sorriso rasgado propelido pelo ar,
Pretendo que saibam que vai de mão em mão,
E que nunca o pretendi alguma vez abandonar,
E hei-de refutar quem o contrário me disser,
Sobre o voo na rosas entre diversos cantos,
Não obstante do que houver ou ainda vier,
Por isso vou pregando a minha vida tal poema,
Ressoando no eco do "eu o homem entre tantos",
E que a resposta não tem nem solução ou problema.
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
Resquícios do Verão
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
Entre Cubículos
domingo, 11 de setembro de 2022
Desbridado
Desejando sob estrelas cadentes, ecoando a eternidade
terça-feira, 6 de setembro de 2022
Um Poema Para Quem Ecoa As Constelações
quinta-feira, 25 de agosto de 2022
Pelo Oceano Tolhido
terça-feira, 23 de agosto de 2022
Para de Mim Ser Menos Distante
Despachai-vos e esperem, este é de loucos o barco,
Pois esta tentativa de sonhar é pé sobre folha de outono,
Sem outras estações, neste rosto encontrareis um charco,
Para além do horizonte, o caminho estreito torna-se casa,
Vivendo a Vida como se não houvesse algum amanhã,
Vamos beijando a abóbada celeste fluindo de asa em asa,
Assim alimentando uma esperança que é tudo menos vã,
Pintando segundos refractados por espelhos poeirentos,
Lembrando a criança de uma vida regressada, a estória,
domingo, 14 de agosto de 2022
Esquecendo a Eternidade
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
Não Abstido de Amar
Uma lágrima no oceano para o ver a transbordar,
Hasteávamos a vela e deixávamos a costa querida
Pois não é possível para sempre no dia pernoitar,
A janela do vidro azul sabia também o nosso apelido,
Entretanto prostrado atrás por nunca ter cicatrizado,
De tantas vezes ser translúcida num olhar esquecido,
Chamava-lhe de irmã pois no fim nos ter encontrado,
E aqueles que nos fizeram esquecer esse cantarolar,
O murmúrio que ecoamos pela vizinhança do sonho,
Mais tarde ou mais cedo iremos por fim reencontrar
A verdade que é nossa e de um caminhar mais risonho,
Ao destino desvendado por um Deus não abstido de amar
E um Amar altivo iluminando o escuro e o medronho.
terça-feira, 26 de julho de 2022
A Contemplação do Poeta
quarta-feira, 20 de julho de 2022
Prisioneiro De Um Abraço e Beijo
sexta-feira, 15 de julho de 2022
O Pronome Para o Dia
Pintando paletes de outros dias e as suas despedidas
quarta-feira, 6 de julho de 2022
Canto
terça-feira, 5 de julho de 2022
Por Vezes os Outros Vêm a Mim
sexta-feira, 1 de julho de 2022
A Guerra das Flores
Sou o órfão de uma geração hoje e agora esquecida,
Dum passado nunca longe, cicatriz jamais perdida,
Procurando porto de abrigo para lá da tormenta,
Ao coração uma grinalda de espinhos o ornamenta,
Quem me levou o sorriso conheceu minha queda,
Por onde vou sozinho na clausura desta vereda,
Com imagens mentais de um momento eclipsado
Por si próprio, o sorriso que é só de um bocado,
Desconhecido sou, as razões vazias de potencial,
Amanhã talvez não consiga mais, que não usual,
Olhos completamente abertos sem conseguir ver,
É preciso oxigénio, possivelmente para viver,
E quando o sono chega, já nem sei como sonhar,
Restam estes lábios que em guerras souberam beijar.
quarta-feira, 29 de junho de 2022
Este Apelo
terça-feira, 28 de junho de 2022
As Horas Hediondas
Vou dormindo pensando quase estar despertado,
A ruga aflorada na pele, essa verdade escondida,
Não é perceptível do topo da montanha, acordado,
Acredito ainda ter por sonhar, mas vem a despedida,
A dor é real, a mágoa é pertença de batente coração,
Porque não? Porque não haveria de por fim o fazer?
Vou perdendo a quem dar realmente esta minha mão,
Cada vez se torna mais difícil de acreditar ou de ver,
Este cadáver esmorece com o vento e as suas ondas,
A vida pesa-lhe assim como lhe pesa o seu passar,
As horas vêm e vão tornando-se assim hediondas
Cerrando os olhos, permitindo por fim o anoitecer,
Até quando poderei dobrar este corpo antes de quebrar?
Até quando percorrerei este caminho sem nele fenecer?
sábado, 18 de junho de 2022
O Homem Tornado Deus
O sol no passadiço relembra as odes do passado,
Preciso de prados para poder enfim respirar,
Reflectindo o beijo dado no instante eclipsado,
O fundamental é ter espaço onde a cabeça pousar,
Que haja raízes, troncos e ramos bem erguidos
Para a abobada celeste ter em eterna celebração,
Por mapas azuis de Vida deixados e por eles vestidos,
Por vezes não são o suficiente para perceber o coração,
Ou sim, ou não, nada de meios termos, de incertezas,
Pretendo sorrisos e choros imensuráveis, o ilimitado
No rosto traz as rugas de uma criança e as suas belezas
Constam no cardápio de Atlas, para sempre o brilhante
Entre as palmas das mãos, num momento diz o ditado
Do homem tornado Deus ou num caminho semelhante.
segunda-feira, 13 de junho de 2022
Por Aqui Ou Por Lá
domingo, 5 de junho de 2022
Aos Caídos
Enquanto atiro ao ar esta velha roupa usada,
Nas curvas conturbadas desta estrada insana,
Por onde ninguém passa e a passagem é cessada,
Fios de papagaios largados, enfim conseguimos voar,
Se seguir os trilhos dos vagões a casa terei chegado?
Ignorando os passos dados e onde eles hão-de ecoar,
Suspira aquele que outrora caiu sozinho e postergado,
Aos esquecidos esperando perante os portões dos céus,
Por cada eons os caídos suplicando e rogando entrada
Acenando à redenção do paraíso, removendo os véus,
Suas asas de plumas arrancadas, removidas de intenção
Implorando santuário, o pecado ou bênção perpetrada,
Vamos ansiando o altivo mediante o bater do coração.
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Poema para Alguns
Alguns afogam-se em infinitos poços de desejos,
Sem nunca se permitirem alcançar o desejado,
Assim sucumbem em si entre mil e um latejos,
Sem jamais conseguirem chegar ao almejado,
Sentados nas alamedas de uma vida por viver,
Sem dormir não haverá o sonho ou a chegada,
E eu preciso de ser diferente, preciso de ser
Pois somente assim chegarei à luz procurada,
Por cada oportunidade eclipsada há lamentos
De quem não tentou alcançar a mão e beijar
Os lábios do vento em coração de fragmentos,
Terminando, pegamos as roupas do dia anterior,
Aqui apenas brisas sem significado para amar,
Da eternidade para uma realidade então excelsior!
A Lanterna do Viandante
Brilha no escuro a lanterna do viandante,
Dispersando o nevoeiro e a noite pesarosa,
É ele o cúmplice da Aurora Boreal, o amante,
A rascunhar no caderninho sua poesia tal prosa,
Por trás dessas palavras há uma estória de encantar,
Através de cada passada dada e deixada no passado,
É ele o parceiro das Luzes Nortenhas e esse amar
É leveza no peito, é o voar para sempre num bocado,
Há vários compassos a apontar para o eventual destino,
Para o qual caminhamos estejamos achados ou perdidos,
Um dia ele há-de deixar o seu semblante no céu azulino,
Até lá, lembrar-nos-emos dos fantasmas que nos perseguem
Pela noite escura, acendamos a lanterna pelos dias concedidos
Pois aí brilha Deus e todos os princípios que no hoje nos regem.
sábado, 21 de maio de 2022
Só Por Hoje e Para Sempre
Que as lágrimas parem de criar rios na estrada,
Estas rugas nos olhos que carregam as horas más
São as gerações dos que morreram na rua nublada,
Se o amanhã não existir serei fantasma sem sorte,
É preciso procurar o sol enquanto não vem a noite,
Percebam-me, não pretendo ser refém desta morte,
Quero encontrar uma luz onde essa luz não pernoite,
E estas memórias tornam-se na semente do sonhador,
Enraizadas no seu coração dando frutos majestosos
Que superam os tempos e ventos repletos deste amor
Maior do que os homens, a busca da parcela do Inteiro,
Que será trazida somente em vestidos belos e formosos
Por ares mais do que airosos no caminho do forasteiro!
domingo, 15 de maio de 2022
Somos a Mão do Universo
Sem dó e sem penas, procurando e dando amor,
As estações caminho para fugir dos problemas
Que são porções inadequadas de beijo, que são dor,
Pois esse pedaço de história é todo um passado,
A altura da falésia vai deste chão até ao coração,
E eu sou o raio de sol tornado na espera da moção,
Aquele momento único em que Deus é revelado,
Há poesia para quem em poesia ainda acredita,
No olhar, no toque de um instante ainda por vir,
Pertença ao tempo que a ampulheta ainda recita
Num terno pulsar que mais do que chegar, soa a partir,
Entre este aqui e o depois astros no sideral em órbita
Que ensinam que há tanto a chorar como a sorrir.
sábado, 7 de maio de 2022
Assim de Repente
Assim de repente, sinto a falta de toda a gente,
Dos sorrisos partilhados e na face delineados,
Dos olhares a apontarem iguais a se somarem
Em que duas mãos dadas eram no coração aliviadas,
Emudecendo os lábios aguardando um novo beijo
Que tarda a chegar, que aparenta nem sequer vir,
Entregando esta alma num simples e doce almejo
Antes da querença de um anseio de chegar ou partir,
Este sentimento é batimento cardíaco, vontade de voar,
Mesmo quando vem a queda, quando é difícil acreditar,
Quando não subimos à tona e respirar torna-se complicado,
Ou até quando beijar sem medo se torna em trilho nublado,
Não temais irmãos e irmãs, por vezes é assim o caminho
Que vamos andando seja em conjunto ou até mesmo sozinho.
terça-feira, 26 de abril de 2022
Frente ao Coração
terça-feira, 19 de abril de 2022
Distinção
quarta-feira, 13 de abril de 2022
O Primeiro e o Último Verso
E eu, aprendiz de Ícaro, por ventos e tormentas subjugado,
De joelhos prostrado, suplico a quem me confira a sua mão,
Pois os danos da queda deixaram-me um pouco desamparado,
Procurando o céu e a abóboda inatingível tal rua e recreio,
O anjo caído feito poeta inquisitivo, feito em indómito astro,
Adormecendo nesse pensamento sem qualquer medo ou receio,
Largando assim no celestial um rodopiante e cadente rastro,
O corrimão para o além vem para aqueles que são ousados,
Para os que recuperam luz da treva e da sua nebulosidade,
Pois no final serão sempre esses os infindáveis bocados
Que satisfazem o Inteiro, Deus a falar através do Universo,
Trazendo finalmente para o terrestre Sol e a sua claridade
Criando por fim na e da alma o primeiro e o último verso.
domingo, 10 de abril de 2022
Para Me Abraçar
segunda-feira, 4 de abril de 2022
Nunca Encontrei o Meu Poema
segunda-feira, 21 de março de 2022
Lamento do Sonhador Que Vai Deixando de Sonhar
quinta-feira, 10 de março de 2022
Para Quem Vai Deixando De Sonhar
E um dia sim seremos escuridão e então?
Na vida somos seixos um pouco à sua sorte,
Uma comédia deixada à metade do coração,
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Retraçando os Passos Onde Encontramos Amor
Sua pálida pele, silhuetas latejando dentre a distância,
Não precisamos de uma canção pois há ecos contidos,
Reparem, aqui encontramos Amor e a sua relevância,
Ele enfim se encontrou no silêncio, absolutamente perdido,
Suas vozes irascíveis, por utopias que precisam de remédio,
Esta fantasia é um vazio gritado por teres o sol concedido
E no seguinte segundo o teres coberto a Lua em tal repúdio,
Cerrando os punhos, fechando os lábios, o exílio da madrugada,
Deixamos a crença para trás, o almejo de respirar um sonho lindo,
De um amanhã que se tornou no passado de uns outros pés à estrada,
O seu abraço, o meu olhar, uma ode à perfeição em substância,
Desperdiçamos o que outrora fomos, esse néctar vai esvaindo,
Reparem, aqui encontramos Amor em toda a sua importância.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
A Queda de Ícaro (Poeta) e o Seu Som
Estrelas cadentes recaindo em braços suspensos no ar,
Simples fotografia do mundo na alma de quem imagina,
A queda de Ícaro na perfídia desta luz demasiado invulgar,
Curvo a cabeça perante o conter de instantes acumulados,
Fragmentos de uma Vida inteira, destilando na ampulheta,
Embalado numa cadeira de sonhos, fracções e até bocados,
Para o além, para o longínquo até ao lugar onde alui o poeta,
Alguns vão dizendo de que o seu corpo jamais será encontrado,
Haja ou não escadas para subir ao céu, sem sonho, de cama desfeita,
Pois são tempos estranhos quando o último anseio é da Lua pendurado,
Quando só queríamos a aurora, a madrugada de um amanhecer por vir,
Esta é a sua queda, o quão apetece tornar em viúva esta ânsia imperfeita,
Esperanço que ele sonhasse com Glória, livre enfim num sorriso, num ouvir.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
O Tentar
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
A Esperança Voltará
Parece que já passei por aqui, aqui jazem lembranças
De pedras lançadas em lagos protegidos por um luar seu,
Era um caminhar sem o poeta se sentir perdido nas andanças
Que eram suas, as estórias contidas no vento e véu do instante,
Levadas para outras possibilidades, levadas para outras cercanias,
Por lugares por encontrar onde nos escondíamos da nossa amante
Enquanto o presente era levado para o longínquo por certas ventanias,
Sua fragrância persiste no mínimo detalhe da mais pequena coisa,
Luzindo entre memórias e tecidos agora rasgados ao esmo da estação.
Hoje ainda vai preenchendo o canto do olho onde um gentil colibri poisa,
Dentro de um raio de Sol ela virá um dia e quando cair a chuva virá também,
Ergue-se o turbilhão, levanta-se a tempestade, o aqui é propriedade do coração
Que sem objecção permite a vida acontecer onde a espera e procura ainda bebem.
sábado, 29 de janeiro de 2022
Entre o Ver e o Horizonte
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
As Coisas Por Trás Do Luar
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
Num Momento
Sob a língua que chama, o prefácio debruçado,
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Pintando A Paisagem
Ao centro, esquerda e direita, o pincel é dançarino,
Traçando os berços e urnas em cima do cavalete
Vai extravasando para um único instante e destino,
Suas cores, sinais iridescentes duma aragem passada,
O ponto preciso, sempre esvanecente, sempre presente,
Nascendo de palavras jamais ditas, vem a debandada,
O poema na mão concebendo um turbilhão ascendente,
Da tela para a paisagem, assim também sou rascunho,
O Ver é o pincel, a alma a tinta mediante a sua idade,
E heis a obra-prima de uma vida de linha a gatafunho,
Entre a terra, o mar e o céu, sem divisas nem bandeiras,
Vestido com a vestimenta do divino, sem vaidade,
Só saudade de quando nossas mãos eram companheiras.