quinta-feira, 28 de julho de 2011

De Dedos Esticados: As Flores Douradas de Ema

Aberto, de braços e dedos esticados,
Todos os benditos dias são uma bênção,
No sorriso do sol são os contrários ofuscados,
E a partilha é sempre de Amor nesta aceitação;

Amanhecendo eu na refulgente visão Solar,
Cheia de estórias e sonhos de sonhos estelares,
E ao Vê-lo, sou o simples eu no aqui a acordar,
A sorrir a Ema, a menina das estrelas aureolares,

Aquela cuja beleza estremecia o próprio Sonhar,
Dela então fluía o caminho pelo berço nebuloso,
Nossas mãos sendo apenas uma num só entregar,

Do Todo ao Aqui, o Agora é nosso e os seus alvores,
Num beijo ao céu de um só ímpeto tão e tão glorioso,
Recolhendo-as, essas áureas flores de eternos amores.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Nós Venha a Una Voz: O Resto de Poeiras Estelares

As galáxias, os pontos do céu e os cometas:
Sou eu, a marca de água do transcendente:
Em mim é, nas estrelas e suas nobres silhuetas:
O Um é nós e nós afluentes do pleno remetente;

Um ósculo por um trago de verdadeira beleza!
Da fonte superior, a inspiradora do estro poético,
Toquei todas as estrelas em mim em mor subtileza,
Num ponto comum a união tendo o ardor profético,

Do ósculo integral cosmológico ainda por surgir,
De eons idos, à distancia de um microssegundo,
O Filho e Pai, do que há passado ou ainda por vir;

É tudo em mim e tudo em vós, declama a Una voz!
Neste humilde e passageiro sentir que gira o mundo,
Das supernovas provimos logo jamais estaremos sós.

De Sóis Idos e Vindouros É: O Mais Esbelto Ver‏

O Ver é um ornato encantado,
Um cantinho especial de poesia,
No ido mas sobretudo no achado,
Na concretização através de magia;

Acolhendo no peito os momentos,
As vitórias, as derrotas e os empates,
Estes tornam-se em sacros sacramentos,
O legado solar e seus sequentes resgates;

Logo frente a esta paisagem sou o uno,
Da divina evolução o leal cancioneiro,
O escutar deste murmúrio define o aluno,

Que é do simples e do seu simples primor,
O timbre que enleva para o mais inteiro,
De Sóis idos e vindouros é sim, o único Amor;

Um Poema para Nós, Bonecos de Papel: Um Beijo Por Um Trago de Beleza

A menina ia esboçando rasgos de papéis,
Por poesias concisas e olhares cintilantes:
O abraço, do Céu ao Sol seus parceiros fieis,
Albergados e imbuídos em traços brilhantes,

Eram linhas de bonecos de papel sorrindo,
Num abraço ondulavam lestos em seu redor,
Asas brancas por ela coloridas então reflorindo,
Havia sido tocada por mais uma forma de Amor;

“O sorrir é simples, o simples é permissão ao ser,”
As rugas vinham porém o olhar fulgia em acenos,
E Luz reflectia áurea de seu rosto num único Ver,

Remetida esta para papéis, papéis desempenhados,
Por bonecos sorridentes, uns presentes outros menos,
Só em suas mãos dadas serão eles por eles beijados.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Afluente para a Foz: Remetendo ao Inteiro (Que Somos Nós)

Sorrir e chorar são a dualidade aqui a aceitar,
No eu impregnes e inatos ao sublime anterior,
Ontem transcendente, aí irei um dia pernoitar,
E novos círculos virão em direcção ao posterior;

Nem apenas de sol brilha a lua no céu,
Como nem somente de sombra sou eu,
Sou dois de luz e escuridão e o eu e o Nós,
Nós o Inteiro e no eu o afluente dessa Foz,

Sendo a Foz Nós enleados e enleando o éter,
A fragrância que completa esta re-sublimação,
O físico é irmão do invisível ao real a se remeter,

Sempre em permutação com o um, o Inteiro,
És como Somos, uma ideia afim concretizada,
Uma ode ao infindável e uno sempre passageiro.