Estas antigas feridas tornam-se numa prisão,
Respiro restos de ar de um sítio sem pertença,
Agora que dois se afastam do bater do coração,
Baixo o olhar, esmorece o ânimo, vem a sentença
Respiro restos de ar de um sítio sem pertença,
Agora que dois se afastam do bater do coração,
Baixo o olhar, esmorece o ânimo, vem a sentença
Onde sou juiz, júri e carrasco de um olhar penante,
Despeço-me da alegria de viver, revolvo as costas,
Bebo da fonte desta sede e esta água é estagnante,
A morte do sonho, o largar da mão, a cair das encostas,
Bebo da fonte desta sede e esta água é estagnante,
A morte do sonho, o largar da mão, a cair das encostas,
E falta-me corrimão tal é a ausência de um porto de abrigo,
É óbito da quimera, as mentiras adjacentes, a bater no fundo,
Transformando Éden no Inferno, de amor sou ainda mendigo,
E estou cansado de não dormir, este é um dia moribundo,
De que me serve sonhar se depois acordo? É este perigo
De amar de que ninguém fala, a dor de acabar em segundo.
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