quinta-feira, 5 de setembro de 2024

O Voo e o Labirinto

Rasurando as sentenças outrora em pedra escritas,
Nunca soubemos qual o futuro que nos era reservado, 
Não choraremos pelo pássaro que voou nas horas malditas,
Não rezemos pois para ele voltar, será que voou todo o voado?

E nesse bocado, um amigo caminhando este mesmo caminho,
Rascunhando sonhos até ao nascer do sol tal como profetizado,
Onde regressarei no detalhe da manhã num beijo com carinho,
Cada carta trocada constelação cintilante para o já encontrado, 

E mesmo que caia, erguer-me-ei num gesto de esperança,
A felicidade é eufemismo, indizível ante qualquer estranho,
Imbricada num jardim de quietude guardado em lembrança,

O homem insano morreu a apontar para o Sol e a beijar o Luar,
E nesse longo labirinto há momentos a conter longe do rebanho
Onde seremos por debaixo de uma estrela num eterno e belo lugar. 

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