terça-feira, 12 de novembro de 2024

Entre Valas Comuns e Amanheceres


É este o martírio vivo por espectros sussurrado,
Entre as valas comuns de alguns lugares perdidos,
Pois larga-se este bater de coração, torna-se inesperado,
Resvalando para outros tempos de outrora então queridos,

Pois acorda para o amanhecer, sê enfim encontrado,
Há feixes de luz gentilmente te tocando a cabeça,
Não mais este homem meio morto, meio quebrado
Vagueando entre cruzes, pois, não há quem o mereça!

Porque tarde ou cedo navegamos num mar de enganos,
Aparentemente indo além, objectivamente parado,
Nesta jaula onde passo tempo, onde passam os anos,

Será que foi sonho o sonhar ter sido efectivamente amado?
Ou pesadelo após a verdade, a guerra entre gregos e troianos,
É indiferente, passem-me em frente, sou um homem fraccionado.

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