Há mais cores além do mais colorido horizonte,
Pois de (briosas) nebulosas é feito este nosso peito,
Que do incomensurável, a sua consagrada fonte,
Revêm estrelas distantes reflectidas no uno perfeito;
E as cadentes aproximando-se lestas do poeta,
Trazem estórias de longínquos pontos cintilantes,
O suficiente para brilharmos ao rever essa oferta,
Com novas cores, do infindo somos o seu amante;
E dentre a luzência e o mais espesso negrume,
Caminham os semblantes da morte e da vida,
E as cores são as da íris da frialdade desse lume
Recaem dos céus tornando a passagem sentida,
Do ontem em diante, todos os dias são mais dias,
Dando cor às cores, sendo ela para a tela vertida.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
A Passagem: De Cada Segundo Eu
De cada eu o segundo é o outrora,
Passageiro breve de dias numerados,
O refém do transitório na luz da aurora,
Que vem e vai em fragmentos somados;
Diferentes eus o são em cada segundo,
Sendo o mutável seu ininterrupto padrão,
A regra advém do périplo deste mundo,
E sua mestria consiste na sua aceitação;
De dias e de seus momentos no presente,
Somos… deixando o eu ecos pelo trilho,
Sua passagem é tudo menos acidente,
Nessa progressão temos então o filho,
Manifesto original do divino sapiente,
Senti seu calor no fulgir de vosso brilho.
Passageiro breve de dias numerados,
O refém do transitório na luz da aurora,
Que vem e vai em fragmentos somados;
Diferentes eus o são em cada segundo,
Sendo o mutável seu ininterrupto padrão,
A regra advém do périplo deste mundo,
E sua mestria consiste na sua aceitação;
De dias e de seus momentos no presente,
Somos… deixando o eu ecos pelo trilho,
Sua passagem é tudo menos acidente,
Nessa progressão temos então o filho,
Manifesto original do divino sapiente,
Senti seu calor no fulgir de vosso brilho.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Um Brinde: Ao Último dos Românticos
Da bruma de um imenso abraço,
Advém o vaguear às luzes citadinas,
Pois sim, à perda desse terno regaço,
A luz restante não transpõe as neblinas;
Um brinde ao último dos românticos!
Ao que perecerá de coração partido,
Ouçam seu inquieto pulsar em cânticos,
Demasiado frágil para aqui ser percebido,
E quanto ao encantamento, à alegria?!
É morro, é chaga, é o mundo a acabar,
Digam-lhe que ela arruína toda a magia,
E a cada novo inalar da terna maresia,
Permuta-se mais um pouco deste ar,
Por um repetido trago de melancolia.
Advém o vaguear às luzes citadinas,
Pois sim, à perda desse terno regaço,
A luz restante não transpõe as neblinas;
Um brinde ao último dos românticos!
Ao que perecerá de coração partido,
Ouçam seu inquieto pulsar em cânticos,
Demasiado frágil para aqui ser percebido,
E quanto ao encantamento, à alegria?!
É morro, é chaga, é o mundo a acabar,
Digam-lhe que ela arruína toda a magia,
E a cada novo inalar da terna maresia,
Permuta-se mais um pouco deste ar,
Por um repetido trago de melancolia.
Ode à Poesia: Dos Sonhadores é o Singular Tesoiro
Suspiros inalados ao perfume da maresia,
Algo só do Homem, contudo tão maior,
Revindo o deífico Ósculo da Obra Superior,
Em plumas esvoejando, oh bela magia!...
Essa poesia é a sensação concisa,
Alastrada para além e derramada,
No papel com a subtileza da brisa,
Dos voluteares dos zéfires inalada;
Em gotas estreladas é enfim relida,
O Ver liquefeito em luzidios besoiros,
Propagando-se à vista e nela retida,
No cerúleo, num baú de capa d’oiro!
Ela… o meu Amor, a chegada e a partida,
Dos alados sonhadores num singular tesoiro.
Algo só do Homem, contudo tão maior,
Revindo o deífico Ósculo da Obra Superior,
Em plumas esvoejando, oh bela magia!...
Essa poesia é a sensação concisa,
Alastrada para além e derramada,
No papel com a subtileza da brisa,
Dos voluteares dos zéfires inalada;
Em gotas estreladas é enfim relida,
O Ver liquefeito em luzidios besoiros,
Propagando-se à vista e nela retida,
No cerúleo, num baú de capa d’oiro!
Ela… o meu Amor, a chegada e a partida,
Dos alados sonhadores num singular tesoiro.
Ode à Poesia: Do Afluente ao Singular
Poesia, tudo aquilo que queria
Aquilo! Que é mais do que desejo,
É Alma em brasa, pretensão e almejo!
Ao aceno do infindo e numa ave-maria,
O nutriente do tido como Amor,
Em renascimentos de alvoradas
Nas quedas de noites doiradas,
Na mais esbelta e delicada flor,
O Ósculo da abóboda celeste,
Retido na nostalgia do transiente,
E colhido no peito da arte cipreste,
Por vezes, o toque do transcendente,
Sua infindável jornada que o Ver reveste,
Para o Uno, de seu fraccionado afluente.
Aquilo! Que é mais do que desejo,
É Alma em brasa, pretensão e almejo!
Ao aceno do infindo e numa ave-maria,
O nutriente do tido como Amor,
Em renascimentos de alvoradas
Nas quedas de noites doiradas,
Na mais esbelta e delicada flor,
O Ósculo da abóboda celeste,
Retido na nostalgia do transiente,
E colhido no peito da arte cipreste,
Por vezes, o toque do transcendente,
Sua infindável jornada que o Ver reveste,
Para o Uno, de seu fraccionado afluente.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Dos Vossos Olhos: Nossas Estrelas, Cada Segundo Eu
Recolhendo do seu berço as estrelas,
Reponho o seu brilho em vosso olhar,
Pincelando a beijo essas frágeis telas,
O Céu sois vós logo esse é o seu lugar,
Fluindo para a Foz em gotas vistosas,
Nossos passos ora cobertos pelo mar,
Outrora deslizavam dentre nebulosas,
De mãos dadas num esbelto singular;
Osculo-vos as palmas e revem a Luz,
Impregnada num suspiro que inspiro.
Levando-o só comigo rumo a Vénus;
Do Aqui para o diante e mais Além,
Será a efluência estelar neste respiro,
De cada novo eu o segundo ainda refém.
Reponho o seu brilho em vosso olhar,
Pincelando a beijo essas frágeis telas,
O Céu sois vós logo esse é o seu lugar,
Fluindo para a Foz em gotas vistosas,
Nossos passos ora cobertos pelo mar,
Outrora deslizavam dentre nebulosas,
De mãos dadas num esbelto singular;
Osculo-vos as palmas e revem a Luz,
Impregnada num suspiro que inspiro.
Levando-o só comigo rumo a Vénus;
Do Aqui para o diante e mais Além,
Será a efluência estelar neste respiro,
De cada novo eu o segundo ainda refém.
De um Único Olhar: Estrelas Nascem
No Céu, o belo refulgir das estrelas
É a reflexão do vosso olhar por elas,
Não seriam nada sem o vosso olhar,
Inscientes ao toque que as faz brilhar;
Somos a condensação da Luzência,
Num mar de éter navegando alados,
Das estrelas vindas para una afluência,
De uma ida queda cadente irradiados;
Que venham pois as cores e suas flores!
Num súbito impulso face ao belo infindo,
Há ainda vislumbres de divinos brancores,
A remota abóboda celeste inda reluzindo,
Guardo pois no peito todos os momentos,
Sendo estes nossos sagrados sacramentos.
É a reflexão do vosso olhar por elas,
Não seriam nada sem o vosso olhar,
Inscientes ao toque que as faz brilhar;
Somos a condensação da Luzência,
Num mar de éter navegando alados,
Das estrelas vindas para una afluência,
De uma ida queda cadente irradiados;
Que venham pois as cores e suas flores!
Num súbito impulso face ao belo infindo,
Há ainda vislumbres de divinos brancores,
A remota abóboda celeste inda reluzindo,
Guardo pois no peito todos os momentos,
Sendo estes nossos sagrados sacramentos.
domingo, 4 de setembro de 2011
Ode à Poesia: Essa Ponte Para os Deuses
A poesia é a Luz pelos deuses concedida,
Provinda do firmamento para o papel,
Num afável aceno ou numa despedida,
No deslizar numa tela de um pincel;
Quebra as algemas deste elo humano,
Abrasando o fogo e concretizando do ar,
O Imenso, da Superior Obra soberano,
Dessa efluência emana o simples amar;
Da prodigiosa imaginação semiconsciente,
Que em suas linhas o Infinito se reconte,
Para o transeunte és o excelso presente,
Da visão do poeta errante pelo horizonte,
A Voz de Deus dita em tom eloquente,
Entre o terrestre e o divino, és a ponte.
Provinda do firmamento para o papel,
Num afável aceno ou numa despedida,
No deslizar numa tela de um pincel;
Quebra as algemas deste elo humano,
Abrasando o fogo e concretizando do ar,
O Imenso, da Superior Obra soberano,
Dessa efluência emana o simples amar;
Da prodigiosa imaginação semiconsciente,
Que em suas linhas o Infinito se reconte,
Para o transeunte és o excelso presente,
Da visão do poeta errante pelo horizonte,
A Voz de Deus dita em tom eloquente,
Entre o terrestre e o divino, és a ponte.
*Suspiro*: Até já
Suspiro: “Até já, Amor da minha Vida,
Levai o Sol e a sua Luz em vossa algibeira,
Avizinha-se o silêncio da noite forasteira,
E com o derradeiro aceno: a despedida;
Não murmureis Adeus, ver-vos-ei em breve,
Em sonhos e memórias de tempos queridos
Daqui em diante que os levemos vestidos,
Este é o caminho que o Destino transcreve;
Não sintais a minha falta, esse direito é meu,
O sentir que fazia sentido e este era reflectido
De quando ladeando-vos era maior do que eu”;
Pela duração de um suspiro, o outrora será,
Enquanto ecos perdurarem tudo será revivido,
Ansiando a manhã sussurro: "doce Amor, até já".
Levai o Sol e a sua Luz em vossa algibeira,
Avizinha-se o silêncio da noite forasteira,
E com o derradeiro aceno: a despedida;
Não murmureis Adeus, ver-vos-ei em breve,
Em sonhos e memórias de tempos queridos
Daqui em diante que os levemos vestidos,
Este é o caminho que o Destino transcreve;
Não sintais a minha falta, esse direito é meu,
O sentir que fazia sentido e este era reflectido
De quando ladeando-vos era maior do que eu”;
Pela duração de um suspiro, o outrora será,
Enquanto ecos perdurarem tudo será revivido,
Ansiando a manhã sussurro: "doce Amor, até já".
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