No Céu, o belo refulgir das estrelas
É a reflexão do vosso olhar por elas,
Não seriam nada sem o vosso olhar,
Inscientes ao toque que as faz brilhar;
Somos a condensação da Luzência,
Num mar de éter navegando alados,
Das estrelas vindas para una afluência,
De uma ida queda cadente irradiados;
Que venham pois as cores e suas flores!
Num súbito impulso face ao belo infindo,
Há ainda vislumbres de divinos brancores,
A remota abóboda celeste inda reluzindo,
Guardo pois no peito todos os momentos,
Sendo estes nossos sagrados sacramentos.