sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Somos Todos Pintores: de Cores e de Almas

Há mais cores além do mais colorido horizonte,
Pois de (briosas) nebulosas é feito este nosso peito,
Que do incomensurável, a sua consagrada fonte,
Revêm estrelas distantes reflectidas no uno perfeito;

E as cadentes aproximando-se lestas do poeta,
Trazem estórias de longínquos pontos cintilantes,
O suficiente para brilharmos ao rever essa oferta,
Com novas cores, do infindo somos o seu amante;

E dentre a luzência e o mais espesso negrume,
Caminham os semblantes da morte e da vida,
E as cores são as da íris da frialdade desse lume

Recaem dos céus tornando a passagem sentida,
Do ontem em diante, todos os dias são mais dias,
Dando cor às cores, sendo ela para a tela vertida.