segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um Brinde: Ao Último dos Românticos

Da bruma de um imenso abraço,
Advém o vaguear às luzes citadinas,
Pois sim, à perda desse terno regaço,
A luz restante não transpõe as neblinas;

Um brinde ao último dos românticos!
Ao que perecerá de coração partido,
Ouçam seu inquieto pulsar em cânticos,
Demasiado frágil para aqui ser percebido,

E quanto ao encantamento, à alegria?!
É morro, é chaga, é o mundo a acabar,
Digam-lhe que ela arruína toda a magia,

E a cada novo inalar da terna maresia,
Permuta-se mais um pouco deste ar,
Por um repetido trago de melancolia.