sexta-feira, 8 de março de 2024

Melancolia dos Inóspitos

E assim pousa outro dia, indubitavelmente sozinho,
As lágrimas nos olhos fazem ver que estamos perdidos,
Não obstante do trilho caminhado ou do próprio caminho,
De vidros azuis observando pássaros hoje, outros partidos,

Nunca fui suficiente, emendiquei amor por portas cerradas,
Através delas restam estas ruínas, este eterno sofrimento,
O restante ainda é quase poeta apesar das asas quebradas,
O resto é somente esta ideia e este verdadeiro sentimento,

Sim! Somos nós os inóspitos, enlouquecidos e inadequados,
Os alicerces caídos, raízes sem ramagens, pés sem viagens,
Se um dia regressarmos a casa, ao longínquo lar no estelar,

Saberemos sequer ainda que dentro de nós somos regressados?
A dúvida é eterna, e este olhar peão perante tantas miragens,
Talvez um dia parta e vá esquecendo por fim o que é este amar.


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