O poeta é pintor e o poema é a escrita no firmamento
Das sentenças a que lhe foi possível outrora reivindicar,
Com esse pintar e esvoaçar por cada incólume momento,
Sacro sacramento, o beijo dado aos céus sem pedir em troca,
Precisamos de dar para além do que é possível cá receber,
Passando os arcos das portas e o que seu fogo estoca,
À procura de algo mais inteiro que permita perceber
O porquê de pintamos palavras que vão de mão em mão,
A pergunta é feita para finalmente podermos responder
Quando será que faz sentido beijar a corrente estação,
Mesmo quando melhores dias virão e a lágrima secará,
Portanto ao longo infinito esta moldura iremos remeter
Até quando por fim formos e chegarmos ao lado de lá.
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