Os tesouros de uma existência na palma da íris são retidos,
Em simples instantes passageiros correndo enfim graciosos,
Por cada passo conferido, vejo-os no peito firmes e embutidos
Numa relapsão quase de mão na mão em vários olhares radiosos,
Deixando um trilho cadente, somos as porções de estrelas perecidas,
Por um Ver brilhante, almejando o bastante, nascidos do firmamento,
Através do esvoaçar das asas por fios feitos de constelações tecidas,
Nestes corações o pulsar de outras vidas passadas de outro fragmento,
Dentre salas vazias e com as ponta do dedo por ouro assim decorada,
A relutância perante o efémero, diante o meramente tido como humano,
Apontando para o horizonte e para a ponte que para se erguer é obstinada,
Almejando mais do que a própria Vida, anelando mais num brinde ao desengano,
Nesta passeata regida por encontros e desencontros, uma flecha na carne cravada
É somente ornamentação para o caminho, num lugar onde o caminho é o soberano.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
quinta-feira, 14 de março de 2024
O Caminho É O Estelar
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