segunda-feira, 25 de março de 2024

Entre Paredes de Cimento

As suas mãos brancas de lixívia, na sombra da aurora,
Brevemente teremos asas irmão, em breve encontrado,
O falhanço do desapego, este orgulho de quem namora
Uma tentativa de ser algo mais do que um beijo almejado,

E por onde quer que vá, simplesmente não há pertença,
Escorregando no resvalo da saudade, vou e não pertenço,
Este olhar chamuscado pela cegueira de uma quase sentença,
De coração quebrado, procurando o não de um falso pretenso,

De um correr esbracejando aos círculos, um amigo é sim preciso,
Entre quatro paredes de cimento não é o final que tenho ansiado,
Obcecado e perdido nos pormenores, uma lágrima pelo seu riso,

Sonhos sem sono ferem as nossas noites, e o hoje ainda não passou,
Era eu sim, procrastinando o quanto estava em relação a tudo errado,
O não ter pertença nem sei se esta é a doença ou a doença a si se curou.

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