domingo, 24 de março de 2024

Entre as Brechas da Persiana

Vejo-a entre as brechas na persiana num desfile singular,
E os meus olhos, tal enchente de maré, em calma matinal,
Lembranças e esperanças de momentos possíveis de amar,
Devagar, atiçando tempestades e verdades no beijo auroral,

Provocando-me almejos insaciáveis, os inabaláveis instantes,
De livros nunca lidos, porém estremecendo entre as letras,
Dessas memórias contidas nas páginas entre dois amantes,
Eternamente ligados pelo poder que em mim vais e soletras

Através de sonâncias e toques já esquecidos pelos mortais,
Agradeço a oportunidade, agradeço o ensejo por confissões
Que fui fazendo a um rosto lunar, o coração que entregais

Faz jus aos poetas passados na ternura das suas mil canções,
Bom dia, somente outro caso de graça, o sangue me estancais,
De resto, sou pertença daqueles que se perderam entre gerações.


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