O poeta é um simples observador de pássaros em extinção,
Cada pássaro é a tentativa de aproveitar o alado momento,
Preenchendo-se até à borda de pássaros e da sua canção,
Observando-os numa dança graciosa perante este vento,
Este olhar, farol iminente para o além sempre desfocado,
Porém quando açambarcado enfim tudo faz mais sentido,
Entre ramos e galhos, um baile de plumas por si enfeitado,
As folhas, caleidoscópios de emoções para ele e o despendido,
Nestas asas de poesia, um voo gracioso no contorno de um coração,
Cada trinar é um contemplar de um novo e entusiasmante firmamento,
Onde ele, sereno e atento, finalmente encontrou a sua eterna vocação,
Assim, o poeta se torna pássaro em seu ser, aprendiz para o esvoaçar,
Numa sintonia com a natureza coligada do estar para sempre sedento,
Por fim, o poeta se reencontra com o potencial de poder enfim amar.
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