De poeira na boca e de cotovelo e joelho rasgado,
A cinza vai cobrindo o que o vento vai esquecendo,
Sou, pois, observador de pássaros, o elo quebrado,
Que liga o amanhecer à noite que vem me querendo,
Aqueles lábios e olhar já os sei de cor, o reino da flor,
Os desencontros de todos os caminhos deste mundo,
O que tenho e ainda ofereço é este somente amor
Que me liga à Obra Divina, ao Saber sempre profundo,
Nos ponteiros de um relógio velho, a acalmia do mar,
Um deserto cujas pegadas pertencem a pés cansados,
Trago-a onde o sol perdura e se encontra com o luar,
O preciso instante de tranquilidade onde passa a estação,
Mesmo perante esta bússola pertença dos desnorteados,
Sei que algures ofereci e partilhei este humilde coração.
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