terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

O Vagão do Tempo

Esmorece o vagão, a veia oriunda do coração,
Apagam-se as luzes e esvazia-se enfim o palco,
Vamos todos para casa, essa é a triste sensação
Do momento tornado passado que aqui desfalco,

Havia tanto trilho para caminhar, para aqui esvoaçar,
Restam as veredas do caminho, a morte e o vizinho
Que é o Tempo pelas pernas agarrado e enfim a puxar,
O restante é lágrima ocular, vagabundo tragando vinho,

E esqueço-me dos planos que tinha para este futuro,
Fenecendo pelas noites onde os vidros são azulados,
Vou trazendo a sua beldade no mais claro, menos escuro,

Volto as costas para o mundo, cerrando assim o olhar,
Quem me dera ser diferente, ser de mim outros bocados,
Contudo este é o pedaço de mim que permitiu ver o Luar. 

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