Versos pingam vertidos sobre o calor de um regaço,
Engolimos colheres com oxigénio para cá nos manter,
Estas covas sob estes olhares penitentes, este cansaço
É somente outro dia por terminar, um sim quase viver,
E sobre a minha sepultura colocarão as mais belas flores,
Estas mãos outrora dadas em uma apoteótica celebração
Versos caídos no firmamento colorindo-o em vivas cores,
O resto é permitir vir o sorriso e sol no meio desta monção,
Estas estrofes para sempre pertencentes à Biblioteca Astral,
Perscrutando os sulcos de luz colados nestas frias paredes,
Perseguimos a noite esperando dia, e aquele beijo não banal,
Amor encontrado então, regressando a casa, por fim descanso,
Reconstruindo com palavras o que as acções deixam em redes,
Para além da sombra do silêncio finalmente a mim me alcanço.
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