segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Até o Amor Dói

Que abismo abrirá este cárcere para matar esta dor?
Cairei tal estrela cadente entre as nuvens adjacentes,
À sepultura de uma vida, entre os dentes de uma flor,
Até o amor dói para os crentes ou mesmo descrentes,

Preciso de oxigénio e que me ensinem enfim a respirar,
Pois de olhos fechados perco o meu sítio, perco o lugar
Que me mostra o além do horizonte, o doce nascente,
Até o amor eleva o doce crente ou até para o descrente,

Esquecemos os votos, ficando apenas com a nostalgia,
Que é ilusória, que é fictícia, um pé para trás da berma,
Amor, percebe-me, só pretendo aquele pouco de magia,

Não as migalhas que semeias nesta fonte de água sedenta,
Não as côdeas que plantas nesta ria com esta tristeza enferma
Que me prende, que me amarra, que em mim vem e rebenta.


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