sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Em Busca do Lar Interior

Nos olhos trago o mar, um oceano e um deserto,
A ti, envolvida por lençóis, pela brisa envolvente,
Vou ouvindo o trautear do relógio sempre incerto,
Porém, desta vez, nesse tiquetaque há algo diferente,

Parece bater mais próximo do ventrículo esquerdo,
Permitindo o sonho erguer-se para lá deste horizonte,
E sentindo na sua plenitude e ser na ausência do medo,
O deixar de ter sede da própria sede, enfim beber da fonte!

Para trás um Inverno longo por gerações e épocas contado,
Entre lembranças difundidas por um eco entretanto disperso,
Esta é a ilusão de um tempo retornado finalmente em passado,

Essas sombras dançando nas paredes serão vultos na madrugada,
Alcançando o zénite, as roupas usadas deixam de servir, e eu absterso,
Procuro o sítio para chamar de Lar, deixar por fim de ser servente da estrada.

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