Este solitário poema é para mostrar ao mundo
O traço imperfeito da mão do poeta, o esboço,
O passo deambulante prostrado do vagabundo,
É um presente misterioso entre o velho e o moço,
Os assentos com lixívia são a charada em verso,
Acordando perdido num quarto outrora sonhado,
Perseguindo sombras na parede assumo-me imerso
No luar pejado através de mil noites no chão enlaçado,
De onde venho não é para onde vou, é refeito sentimento,
A vida por lunetas rítmicas de compassos perfeitos e canções
Duma caixa de música a tocar assim reflectindo o momento,
Sonhamos e acordamos e assim seremos todas as multidões,
A ideia de um destino rasgado, de roupas usadas, fragmento
Ecoado em lembranças de um sítio chamado casa - as constelações.
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