terça-feira, 6 de setembro de 2022

Um Poema Para Quem Ecoa As Constelações

Este solitário poema é para mostrar ao mundo
O traço imperfeito da mão do poeta, o esboço,
O passo deambulante prostrado do vagabundo,
É um presente misterioso entre o velho e o moço,

Os assentos com lixívia são a charada em verso,
Acordando perdido num quarto outrora sonhado,
Perseguindo sombras na parede assumo-me imerso
No luar pejado através de mil noites no chão enlaçado,

De onde venho não é para onde vou, é refeito sentimento, 
A vida por lunetas rítmicas de compassos perfeitos e canções
Duma caixa de música a tocar assim reflectindo o momento,

Sonhamos e acordamos e assim seremos todas as multidões,
A ideia de um destino rasgado, de roupas usadas, fragmento
Ecoado em lembranças de um sítio chamado casa - as constelações.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.