Vou, desbridado, com os olhos a dançar, cintilantes,
Pincelando nas telas orbitais cores vivas, aprendizes
Do que pode acontecer enfeitado por flores flamejantes,
Aqui sinto a mão divina na minha mão, somos felizes,
Envolto no suspiro de uma vida, num tom esperançoso,
Sinto a passagem luzidia perfumada a tons multicolores,
Inebriados ao tacto, no corpo tornado sorriso solaçoso
Pois estanca a lágrima, inconfessável nas suas indolores,
Trago este olhar repleto de querubins altivos do paraíso,
Assim a vigília, entre escarpas aguçadas, meu caminho,
Indo passo a passo em frente mesmo quando indeciso,
Desejando sob estrelas cadentes, ecoando a eternidade
De mão na mão, um mapa com estradas quase quietinho,
Fechando os olhos serei parte transcendente da efemeridade.
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