quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Pelo Oceano Tolhido

Braços vazios e promessas levadas com a manhã, 
Caminhamos pela água sonegando-a por estrelas,
Têm as escadas para o céu ontem, hoje e amanhã,
Sentindo-as nas mãos vamos colocando-as em trelas,

Estas cicatrizes são memórias que nunca esqueceremos, 
Instantes hoje sem voz, coloridos pelo pincel do tempo,
Parece que estes dias são apenas para contemplarmos,
A vida é termo cinza, árvore cujo fruto vai com o vento, 

É a tempestade e a calamidade do embate do coração,
Ondas de esperança e o rosto por lagrimas preenchido,
O conforto não virá e invés virá a chuva, virá a moção,

Adormecemos com fôlegos curtos em oxigénio enrustido,
Num mapa arterial delineado nas veias, no galope da canção, 
E nessa narrativa, nossos beijos vêm e vão - pelo oceano tolhido.

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