Incendiamos amanheceres em valsas feitas ao pé-coxinho,
Através de suspiros silenciosos que não esquecem a eternidade
Ou um outrora de cores pintadas ora depressa ora devagarinho
Que convidadas à ausência de fulgores vou supondo à reciprocidade,
Esprememos as noites da sua bruma, daquilo tido como real escuridão,
Dançando a pé-descalço na parte funda do lago, de olhares sossegados
E de almas preenchidas, enxaguadas dos seus caminhos, da sua moção,
Se dependesse de mim seriamos todos pela luzência do sol tocados,
Pincelando as estrelas e os astros cadentes num pouco mais de proximidade
Daquilo que somos supostos ser, perto do que tem sido só esquecimento,
O legado silente do testamento tácito, o Inteiro e a sua completa serenidade
Para um dia olvidar os apelidos terrestres aprendidos e a sua confusão,
E poder chorar de tanto rir estando entre este divórcio e casamento
Enquanto vêm os dias em nascente e corremos em frente - frente ao coração.
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