Há presenças pelo esquecimento que se vão esvaindo,
Com olhos embevecidos em aléns de perenes procuras,
Cantando uma canção misteriosa que a si própria se traindo
Vai apagando os lampiões e velas deixando ruelas escuras,
Por onde semeamos silêncios e o seu subsequente alarido,
Através dum tempo que não é nosso a ampulheta quebrada
Reflecte o outrora e o para sempre, num beijo quase preterido
Em espelhos, o sorriso e dia soalheiro para ser encoberto na estrada
Branca onde o luar é bebida e sede para quem se atreve a passar
A ponte que liga as margens, saudades dessas memórias queridas,
Pois trago a poeira dos passos que não dei na algibeira, o caminhar
De mil poetas que nunca chegaram, a solidão do altivo sonhador,
Lugar e abrigo para a claridade, não obstante das chegadas e idas,
Neste momento onde aqui distinguimos os fãs dos eternos amadores.
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