As plumas que eram parte de asas espalham-se pelo chão,
E eu, aprendiz de Ícaro, por ventos e tormentas subjugado,
De joelhos prostrado, suplico a quem me confira a sua mão,
Pois os danos da queda deixaram-me um pouco desamparado,
E eu, aprendiz de Ícaro, por ventos e tormentas subjugado,
De joelhos prostrado, suplico a quem me confira a sua mão,
Pois os danos da queda deixaram-me um pouco desamparado,
Procurando o céu e a abóboda inatingível tal rua e recreio,
O anjo caído feito poeta inquisitivo, feito em indómito astro,
Adormecendo nesse pensamento sem qualquer medo ou receio,
Largando assim no celestial um rodopiante e cadente rastro,
O corrimão para o além vem para aqueles que são ousados,
Para os que recuperam luz da treva e da sua nebulosidade,
Pois no final serão sempre esses os infindáveis bocados
Que satisfazem o Inteiro, Deus a falar através do Universo,
Trazendo finalmente para o terrestre Sol e a sua claridade
Criando por fim na e da alma o primeiro e o último verso.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.