A viuvez das cores vivas transbordando na palete,
Ao centro, esquerda e direita, o pincel é dançarino,
Traçando os berços e urnas em cima do cavalete
Vai extravasando para um único instante e destino,
Ao centro, esquerda e direita, o pincel é dançarino,
Traçando os berços e urnas em cima do cavalete
Vai extravasando para um único instante e destino,
Suas cores, sinais iridescentes duma aragem passada,
O ponto preciso, sempre esvanecente, sempre presente,
Nascendo de palavras jamais ditas, vem a debandada,
O poema na mão concebendo um turbilhão ascendente,
Da tela para a paisagem, assim também sou rascunho,
O Ver é o pincel, a alma a tinta mediante a sua idade,
E heis a obra-prima de uma vida de linha a gatafunho,
Entre a terra, o mar e o céu, sem divisas nem bandeiras,
Vestido com a vestimenta do divino, sem vaidade,
Só saudade de quando nossas mãos eram companheiras.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.