Trago o olhar ao peito numa alcova perdida,
Desabafo-o às ruas e às pedras ladrilhadas,
Procurando onde sonhar - a margem querida,
O resto - naufrágio dos seres, almas encalhadas,
Um lugar então esquecido, o sonho que não vem,
Quando apetece levantar voo, plantar o turbilhão,
E que desse erguer então mil e uma ideias viessem
Para criar escadas para o céu, para levantar em mão
O que não é dado, mas ganho na aventura da Vida,
Aquela cuja vela vai ardendo demasiado brilhante,
Parece, mas não é, traço brunido da vista envolvida,
Sustentando o peso dos querubins num desfile vistoso,
Quando o tema é o Amor, quando a verdade é semblante
Esguio pergunto – “Aonde estás?” - porém ainda inexitoso.
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