Por vezes escondo-me por baixo dos lençóis,
Procurando a luz da qual me vou escondendo,
Por lá vou deparando-me com mil e um anzóis,
Quase escapando do moto do "quase fui vivendo",
Procurando a luz da qual me vou escondendo,
Por lá vou deparando-me com mil e um anzóis,
Quase escapando do moto do "quase fui vivendo",
Esta é a viagem nunca feita, a verdade por existir,
A realidade inacabada, o real por mim esquivado
Pois se viver apenas no real acabo por me reflectir,
Do pedaço de um inteiro me tornando num bocado,
E pretendia encontrar-me onde por fim me escondo,
Num terrível meio termo que não é de todo viver,
É adiamento da alma, reunião com algo hediondo,
A vontade de não sorrir, a necessidade de não ser,
O escape por dentro de um quadrado redondo,
Para encontrar assim a chama do meu querer.
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