Há um escape entre os nós das nossas mãos,
As pontas dos dedos enrugadas por fim dadas,
Elas vão até aos ventríloquos de um coração
Dividido entre dois e as suas águas furtadas,
Há pontes para o além no sorriso da donzela,
Navegando entre marés do ciano mais azulado,
Deixando flores desse brilho d'oiro numa tela
Lembrando que esse brilho é sempre partilhado,
E à distância entre os nossos lábios assim enlevados,
Nesse breve instante somos da Vida companheiros,
Trazendo indentações de asas, de céus esvoaçados,
Que nesta visão são maiores que quaisquer aguaceiros
Que diagonalmente caindo nesta boca tão imaculados
Me tornam o vosso abraço e beijo, sou eu vosso prisioneiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.