Sou o órfão de uma geração hoje e agora esquecida,
Dum passado nunca longe, cicatriz jamais perdida,
Procurando porto de abrigo para lá da tormenta,
Ao coração uma grinalda de espinhos o ornamenta,
Quem me levou o sorriso conheceu minha queda,
Por onde vou sozinho na clausura desta vereda,
Com imagens mentais de um momento eclipsado
Por si próprio, o sorriso que é só de um bocado,
Desconhecido sou, as razões vazias de potencial,
Amanhã talvez não consiga mais, que não usual,
Olhos completamente abertos sem conseguir ver,
É preciso oxigénio, possivelmente para viver,
E quando o sono chega, já nem sei como sonhar,
Restam estes lábios que em guerras souberam beijar.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
sexta-feira, 1 de julho de 2022
A Guerra das Flores
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