Vestidos alíferos dançando na palidez do luar,
Eu vendo ornamentos e rostos sem semblantes,
Quem dera ter alguém em quem poder encostar,
Pois o beijo só é beijo se for entre dois amantes,
É a perfídia do antes alimentando-se do depois,
Sinto o tremelejar de uma noite sem dormida,
Um oceano preenchendo o espaço entre dois,
Onde vou perdendo de vista a margem querida,
Numa voz que celebra o tempo e a sua passagem,
Uma tapeçaria pendurada do céu, mostrando vida,
Fica o silêncio familiar de quem escuta a aragem,
Precisando de encontrar a luz, de sonho do pesadelo,
Cada lugar e cada estar, faz um feitiço nesta lida,
Pois que as minhas ninjas e musas ouçam este apelo.
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