Canto as cantigas de amores ainda trazidos,
Cantando epopeias doutras épocas já passadas,
Lábios e beijos de amor um dia e outrora sentidos,
Hoje com a cabeça ao ombro destas horas cessadas,
Pergunta-me quem sou e o que este olhar vê e procura,
Qual ponte é horizonte e qual lugar dará enfim guaridas,
Quando o tempo se torna água que tanto bate até que fura
Começamos a confundir os encontros com fugidas,
Murmuremos a fonte da poesia em doces palavras
Ao ouvido, quase sussurrando o adeus jamais ouvido,
Perdido numa prisão de reflexões de trevas obscuras
Esperando a vogal que jaz entre as linhas do poema,
Nadando na água em busca do tesouro querido,
A iluminação da mente e a entrega do diadema.
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