sexta-feira, 27 de maio de 2022

A Lanterna do Viandante

Brilha no escuro a lanterna do viandante,
Dispersando o nevoeiro e a noite pesarosa,
É ele o cúmplice da Aurora Boreal, o amante,
A rascunhar no caderninho sua poesia tal prosa,

Por trás dessas palavras há uma estória de encantar,
Através de cada passada dada e deixada no passado,
É ele o parceiro das Luzes Nortenhas e esse amar
É leveza no peito, é o voar para sempre num bocado,

Há vários compassos a apontar para o eventual destino,
Para o qual caminhamos estejamos achados ou perdidos,
Um dia ele há-de deixar o seu semblante no céu azulino,

Até lá, lembrar-nos-emos dos fantasmas que nos perseguem
Pela noite escura, acendamos a lanterna pelos dias concedidos
Pois aí brilha Deus e todos os princípios que no hoje nos regem.

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