sexta-feira, 3 de outubro de 2025

O Abracadabra da Espera

Por ditoso me vejo por aqui vos ter encontrado,
Que em consciência a tenha por mais um bocado,
Pois a noção de que para o fim tudo caminha,
Faz-me andar para trás tal açaime para a alminha,

Por tanto esperar sei que para muitos é essa uma ofensa,
Porém encontro na não procura a minha recompensa,
O tesouro divino que é a possibilidade dessa companhia,
Para mim é mil abracadabras, é maior do que toda a magia,

Por afortunado dou o clamor de quem gesticula a candeia,
Vejo que o dia nem sempre é noite, que por vezes clareia,
Portanto há sim tempo e espaço para pernoitar nesta lida,

Pois o chegar é relativo, como é relativa esta buliçosa vida,
Então dá-me a tua mão, demos as plumas por aqui soltadas
No que demos por fim gentis as asas abertas e espalhadas.

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