terça-feira, 30 de setembro de 2025

Sob a Monção, o Beijo

O poeta pensando que não era efémero o beijado,
Sob árvores e ramos íamos construindo uma raiz,
Que o caminho tinha promessas à alma deixado,
Num Universo Privado colorido a partilhada matiz, 

O prazer da mão na mão, o abraço e até o safanão,
Não a deixo ir, mesmo que o jantar esteja gelado,
Mesmo que o caminhado seja menor que o coração,
Pois por onde houver trilho, é possível ser encontrado,

Por isso por entre o monção, a contracurva e a adaga,
Vou, entre sombras assustadoras, o mundo não mudará,
Depois da possível partida e antes da potencial chegada,

Sabe que antes de mais és toda a minha vontade e desejo!
Não finjo saber o que pretendes, pois o que será, será,
Quando vier o brilho do amanhecer ainda teremos beijo?


Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.