Aqui esperarei por Ester numa demora sem retorno,
Horas dentre jornadas, manhãs e tardes e estações,
O trilho do comboio virá para lá do Inverno ao Outono,
E será suficiente para um sorriso que alumie corações,
Brevidade, olhar fugaz, o silêncio da promessa quebrada,
Dentre véus e sombras, há segredos para lá de enigmas,
Por ela deixarem a porta entreaberta, o sinal na estrada,
O relógio pára mediante os passos na neve destes sigmas,
Tenho discursos ensaiados e cartas que nunca foram enviadas,
Porque estas correntes diáfanas, doiradas por auto-imposição
Não são presença real, são vestígio do efémero, não celebradas,
Porém prometi esperar dentro desta esfera feita de saudade,
Independentemente de qual for a altura do ano ou a estação,
Esta é a distância entre nós, para mim mesmo, e a única verdade.
Blog de um músico e poeta português onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Trilhos do Inverno ao Outono
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