terça-feira, 7 de outubro de 2025

Entre o Instante e o Eterno

Esperando como quem aguarda, saído do berço,
Quando a eternidade é crepúsculo, a bênção,
É que enfim há Vida a viver, o ser aqui exerço,
Venha a aurora, a primavera e a sua sugestão!

É um bálsamo para a alma, brisa para este rosto,
Um dia o vento me levará para o esquecimento,
Este é o karma humano, aceito-o de bom gosto,
Erodindo-se no relógio do ponteiro é o momento,

Percorrendo a distância tal fantasma, tal fragmento,
A identidade é Inteira, é dimensão para o Universo,
A esquadria do céu traz o cerúleo, o belo firmamento,

E poeira cósmica assenta-se nos ombros, silencia-me a voz,
Se perder o reflexo, o retrato for antigo, e o trilho adverso,
Terei resquícios no Eterno através do eco destes sonetos, (pó de arroz!).

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