Despeja um para mim, os sonhos vou segurando,
Escrevo estes poemas por gotas de sol recolhidas,
E esta voz é o erguer das constelações, recuando,
Entre as sombras que nos seguem, ora partidas,
A última nota tornou-se na primeira, sou guarida,
Sítio para pernoitar, para ficar, para enfim sonhar,
Dedilhando esta brincadeira dos céus conferida,
Há-de ser a minha flor de cabeceira, o meu lugar,
Lar livre como o próprio éter, em árvores pousando,
Escutar-vos-ei nas cantigas e nos risos das crianças,
E desse recitar ver-me-eis desde aqui esvoaçando,
O noturno torna-se diurno, a memória torna-se promessa,
Eu dormindo no ombro das constelações e suas danças
Assim o mundo lentamente se vai e tudo o resto cessa.
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