Estrelas cadentes recaindo em braços suspensos no ar,
Simples fotografia do mundo na alma de quem imagina,
A queda de Ícaro na perfídia desta luz demasiado invulgar,
Curvo a cabeça perante o conter de instantes acumulados,
Fragmentos de uma Vida inteira, destilando na ampulheta,
Embalado numa cadeira de sonhos, fracções e até bocados,
Para o além, para o longínquo até ao lugar onde alui o poeta,
Alguns vão dizendo de que o seu corpo jamais será encontrado,
Haja ou não escadas para subir ao céu, sem sonho, de cama desfeita,
Pois são tempos estranhos quando o último anseio é da Lua pendurado,
Quando só queríamos a aurora, a madrugada de um amanhecer por vir,
Esta é a sua queda, o quão apetece tornar em viúva esta ânsia imperfeita,
Esperanço que ele sonhasse com Glória, livre enfim num sorriso, num ouvir.
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