segunda-feira, 29 de junho de 2009

Da Nebulosa ao Caminho da Beata

“Indefiro a sensação obsoleta
Fecundada pela proeminência do normal
Coadunada na vaga presença desafecta
Do que propendeis a presumir como real. “

A exumada face de pálidos olhos negros
Cativa do enclausurado do estreito incerto
Distante da adjacência de sacros segredos
Gesticulados em inaudito e ilegível dialecto

A sombra perdurará na sua fuga solar
Envergando o sempre como capa protectora
Inalterável seu rastro esvaecerá em leves pegadas
Seguidas e contínuas em seu molesto deambular.
Centenas de plumas soprando na aragem redentora
Revoltas e envoltas em si, gentilmente enleadas

Revirando as costas à luz fixa que cega
Fecho as pálpebras criando meu próprio astro
Legado único que o ventre sigilosamente encerra
Sublimando pela divisa que remotamente enastro

Por acima de tudo necessitar de ar
Quebraram-se os pulmões aliviando o ribeiro
Carecido, optou por nunca mais me anuir respirar
Perduro, duro, existo e caminho em isolado cinzeiro

Não pressentindo minha permanência
Quanto mais existência…

Rosa M. Gray citando N. Ego
por joel nachio

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