Morri algures entre o raso caminho
Derivada do passado que jamais será futuro
Monstro portador fedendo a absurda essência
Extraviada à mercê do senecto espinho
Cassandra soube cantar meu fado
Antes da auto-ovação como Rainha Autunal
Permanecendo como a quarta vista da janela
Variantes entrópicas do vago olhar manchado.
A Voz que cantarolava fora então minha
Numa garrafa depositada a única que possuo
Sem a realmente ter ou possuir, eis-a Mar!
Bruma além fundeada, cujo porto não adivinha
(A coisa, a única coisa que seria então minha)
Ramagem que por vezes, espera por si
Sua queda, nossa estira retirada a trilhar
Algesia póstuma, contrária à Vida (as)expirada
Amua, recresce e fenece e, no ermo a imbuí
Eufónico o euoé! alastra a aragem auriluzindo
Transbordando pelo panorama da recessa matiz
Relemos o imanente desespero em negrume
Arfando imprecisos e os mesmos erros repetindo
Letras que assombram a quietude do recife
Em suas batidas ásperas nos ternos rochedos
Pois hoje te envio, ansiando mais que humanidade
Sem a garrafa, sou apenas eu, à deriva, num esquife
Rosa M. Gray
por joel nachio
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