segunda-feira, 29 de junho de 2009

Searas auríferas,

Searas auríferas,
ainda sussurrais meus Nomes,
Sustendo Seus fôlegos em corredores de mármore?
Meus Nomes fixados em letras capitalizadas, sou pavimento
Elegia de entropia serena, a introversão surreal que então aflore
Minha deiscência, análoga à abóbada celeste, entre seis paredes

O jardim resplendido,
ponto de repouso da aventesma
Insidiado em mim, por mim, nomes que iludem o portador
Auto-onerado, vexado pelas lâminas que perfuram a enrugada pele,
Provinda do rascunho pertencente do muy Humilde Tecelão Oniríco,
Serás húmus, até tu que te esgueiras no espelho penteando as pestanas.
Exclusivamente só, agradece tua solidão, foi perfeitamente esculpida
Como todas as lajes que alguma vez pisaste, um dia, serás pisado por elas.
Não auspicies seu peso, aguardando em tua incógnita posição estelar

(por dentro)

Hino do passado,
como desconheces o presente,
És seixo lançado, de palavras, as vagas resultantes
Num lago com infinitos nomes, e nem um rosto discernível
Infusivel Ser, alheio a água tónica de caricas multicoloridas
Ora emergindo ali, ora acolá, porém olvidando o ledo respirar
Quando a tinta aérea esboça fragmentos estilhaçados de nada
De pseudonímia quebrada e anseios de oxalá, sorri pelas
Luas tolhidas pelo seu próprio luar, o brilho só cega se…
As palmas dessincronizadas forem escutadas além
Infundidas em sincronias disformes algures…

Algures contingente,
navegando através de densa poeira interstelar,
Avermelhado tom cutâneo, mais encruzilhadas (e dióxido de carbono)
Imiscível o palato flausino, felizmente errante em hecatombes fortuitas
Ligeiro escorria, flavífluo de olhos semi-cerrados, não havia cantiga.
Amontoado sim, não de positivo ou negativo, mas de mais, do Tudo
Colisões aglutinadas, ângulos cujo périplo variava nas estações
Demasiados, toques no ombro, imensos mais reservados àquele lugar
De espaços entre versos, vil ritmo em esboçado contratempo,
Perdido dele, ele perde-se em mim, o esforço o desnaturaliza
Nem o sono se aproxima, epicentro da colisão da tempestade
Todas as riquezas do mundo, e nem um beijo para partilhar
Cativo nas escrituras das ondulações das pedras na Lagoa.

Searas douradas, ainda escutais meus clamores?
Em voz feminil muda, tenho um poema, para partilhar Convosco
Ordinário és, a proximidade do Vulgar, precipita-te para a vulgaridade
Escorregas na rampa da calçada vital, onde em cócoras envolvido
Nem a inspiração do caminho se manifesta como especial

{Olhando para o horizonte, que indagas tu?
A brisa que daquele lado suspira, obstrui-te a passagem?}


N Ego. {Rosa M Grey}
por joel nachio

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