Era para ser algo mais que um poema
Não um enredo de palavras míopes,
sem provável entrecho
Era para ter conteúdo, um plausível tema
Algo de transcendente no entanto,
olvidado algures no ensejo
Era uma fantasma, simples aventesma
baseado no inequívoco emaranhado
do nome que se auto-desconhecia
Incapacitada, envolvendo a rosa depositada
Subtilmente adulterada pela fonte solvente
Repositório de imarcescível fronte fria
Vive! cruzamento de uma estrada acinzada
Glossolalia imbuída em colar de pérolas
Interior e inferior à carecida laringe
Inexistente, minha doce mártir tantalizada
Arauto das lástimas por mim inauditas
E dos bailes de coretos ansiados
Subconsciente das folhas de meu Outono
Dimanadas dos olhos que jamais veriam
Algures haviam tocado algo bom, algures…
N. Ego
por joel nachio
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