Um último suspiro suave sobre o horizonte,
Somos os filhos congéneres do estrelado,
Tendo uma interminável sede sem fonte,
Este é do indómito poeta o seu estado,
Quando sobre ele paira a nuvem sombria,
E fenecem a estes pés as briosas flores,
Esvaecem assim os restos de alegria
De quando tinha céu e seus amores,
Chorando por punhos afónicos a cadeia
Endoideço quando me lembro da viuvez
E daqueles momentos em que amei-a
Soam apenas a mais um tresloucado talvez
Pois nestes dedos apenas poeira e areia
De tempos que dos quais não havia vez.