Os seus cabelos são um oceano fulgente,
Repleto de estrelas para enfim navegar,
Ao acariciar encontro o altivo expoente
E razão para este ser poder ser e estar,
Amar torna-se no nome de alguém,
Imagem do reflexo de algum espelho,
Dela, quem não consigo estar sem
E pretendo ficar até ser outro velho,
Quase nem reparo neste airoso abismo,
Nem nos abutres sustendo-se de mim,
Será isto tudo outra parte do romantismo
Daquele que se dá não vendo bem o fim,
Pois sabei que com essa deusa ainda cismo
De que outra deusa jamais poderá haver para mim.