Um dia o viajante cansou-se de caminhar,
O trilho era cinza e tinha perdido a cor,
As pontes queimadas eram feitas de ar,
Não havendo motivo ou espaço para amor,
Seus ossos era a poeira deixada ao vento,
A mágoa de quem há perdido pedaços
De uma viagem mirabolante de sentimento
Quando para viver nesse lugar não há espaços,
Culpo esta sombra, presença meio ausente,
O Tempo que não me dando por perdoado
É este coração que o mínimo toque sente
Até mesmo quando não se sente tocado,
O viajante só quer ir para casa brevemente
E deixar o trilho aberto para o tresloucado.