O poeta em vão tentava deixar de sonhar,
Queimando as pontes que os ligavam,
Oh quão difícil é deixar de a amar
No trilho onde as promessas desabam,
Sua alma fragmento de coração partido,
Perdia-se no vento sem qualquer abrigo
E olhava para si e sabia-se há muito ido
Por ela, o mais nobre, o último castigo
Que era esperar pelo que nunca mais viria,
Fazer tudo por uma porção de atenção
E então tudo que ele enfim pretendia
Era não ter mais esta dor de coração,
Pois a vida agreste já não lhe sorria
E ele parecia ter perdido seu dom.