quinta-feira, 9 de junho de 2016

Inexistente

Inexistente, o fantasma vagueava o poeta,
Lembrando as mãos que outrora se davam,
Sussurrando o mesmo nome de uma sarjeta
De onde ele sonhava e mil anseios almejava,

Noite caída e apenas a morte nos horizontes,
Inverno no coração e seus gritos estridentes,
Relembrando do passado e das suas pontes
Arregalando assim sem pudor os seus dentes,

Passavam segundos e o tempo estava quieto,
Nuvens no céu e as mãos cerrando-se em si,
Maldito fantasma que ao ser tão indiscreto

Não permitia sonho nem voo a este colibri,
Este caminho por Deus é tão e tão incerto
Que até duvido algum dia chegar aí.