Alvorada, passos largos de quem se foi,
Deixando ecos à calçada, orla do tempo,
Essa ausência no coração ainda me dói,
Espero que ela seja levada pelo vento,
Neste quarto só de côncavas paredes,
Mal respiro com as janelas fechadas,
Mas sinto a falta, sinto estas sedes
Que parecem nunca serem saciadas,
Será que ela sente saudades de mim?
Neste mundo que dá voltas e voltas
Pois saibam que é simplesmente assim
Que me quedo em infinda tempestade
Onde mil mágoas se dão como soltas
E sinto a arder neste peito a saudade.